sexta-feira, 8 de abril de 2011

Puskas "Cores do Minho" - 12 de Abril a 02 de Maio




Nasceu em 1954 em Monção e é sem dúvida um notável aguarelista português contemporâneo na linha dos grandes nomes que são referência na prática desta modalidade pictória. Apesar de autodidacta no sentido absoluto do termo sem ter frequentado escolas de arte oficiais ou privadas, Puskas fez uma aprendizagem gradual num curto espaço de tempo, através de muito trabalho de investigação e um jeito natural e intuitivo de aplicação das regras de ouro desta modalidade da aguarela, mostra-senos com outras técnicas como óleos e acrílicos com uma força deslumbrante.

A transparência e luminosidade, a conjugação da luz e das cores a construção dos planos, o desenho da composição e o cromatismo riquíssimo com a predominância dos azuis numa escala quase indeterminada.

Os pintores realistas-naturistas, como é o caso de Puskas, não reflectem nas suas obras as convulsões sociais, as dúvidas filosóficas, políticas, éticas ou psicológicas. Eles permanecen fiéis, tanto mental como espiritualmente, à magia poética que se envola dos espectáculos da natureza, contemplando a beleza do cosmos, tentando fixá-la por imagens que são apenas prazer para os olhos e para a intuição estética dos observadores. Os pintores naturistas são os poetas das artes plásticas. Para eles está sempre em primeiro lugar a luz, o colorido, a forma, os contrastes atmosféricos, enfim, a beleza em si e só por si. Coisas que se repetem e nunca são iguais, sendo sempre eternas.

Autodidacta convicto, pinta óleo sobre tela, acrílico, pastel e aguarela. Os seus diplomas são-lhe assegurados pelas exposições que realiza e por quem lhe adquire as obras. A vocação e a competência, o estudo constante, a persistência na vontade de cumprir-se, são as credenciais que o matêm à tona de qualquer crise.

Os temas preferidos fixam-se nos panoramas diurnos, prefigurados nos mistérios das sombras iluminadas, os espaços citadinos ou rurais, onde emprega uma linguagem plástica plena de referências humanas e que os humanos compreendem e gostam de possuir nos interiores das suas casas. Não admira, pois, que Puskas tenha obtido êxito nas suas mostras em várias localidades do País e Estrangeiro, decerto que irá prosseguir, nesta disposição e neste justo resultado.