quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mário Rebelos de Sousa - de 28 de Setembro a 11 de Outubro

Nos quadros de Mário Rebelo liberdade total de inspiração, encontra-se uma revolta contra a estética.


Com os seus traços espontâneos constrói na tela um quotidiano de amor, solidão, revolta e saudade envolto numa luz mágica.

De quadro para quadro encontramos uma profusão e uma variedade de estilos que oferecem incessantes revelações.

Os seus quadros unem-se para protestar contra todos os abusos e para afirmar os direitos do sonho, do amor, e do conhecimento, e para encorajar a disponibilidade do espírito em loucos encontros e nas surpresas do acaso.

Por vezes, sente necessidade de segurar a realidade com muletas e com fios que pendem de outra realidade. Recorre às sombras para revelar outro mundo, outro sentir e outro pensar que não é o seu. Denuncia com vigor os obstáculos que impedem a vida de ser uma aventura poética.

Os seus quadros revelam que o homem só é capaz de reproduzir, mais ou menos fielmente, a imagem daquilo que o toca.

A pintura de Mário Rebelo de Sousa é um meio de libertação de espírito.


Luísa Nunes

Jornalista